01 abril 2012

franco loi / oh, quanta gente que, morta por aí,





Oh, quanta gente que, morta por aí,
passou por ela a história sem a ver,
sem ver o frio de esperança generosa
de que a minha própria sombra seja maior que ela,
oh, quanta gente que, morta por aí,
parece à espera e já não espera mais;
e passa o ar e afasta-se para longe,
lá onde se imagina estar a vida
que se esconde, mas que regressará.





franco loi
memória
colecção poetas em mateus
trad. rosa alice branco
quetzal
1993




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